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Texto da novela 'Êta Mundo Melhor!'

Por Thaís Martinelli e Anna Paula Chagas no site de imprensa da Globo.

“Na vida, muitas veiz nóis sofre, falta as esperança, nóis inté pensa em desistir, mas olha a minha história: sempre tem qualquer coisa boa pra acontecer... então eu digo pra todo mundo. Nunca perda as esperança, porque tudo o que acontece de ruim na vida da gente é pra meiorá!”. Com essa mensagem, Candinho (Sergio Guizé) deixou o seu recado para o público ao final de ‘Êta Mundo Bom!’. Agora, o personagem volta em ‘Êta Mundo Melhor!’, ao lado do seu fiel companheiro, Policarpo, para mostrar que amor, determinação e generosidade nunca saem de moda e não devem ser esquecidos no caminho para realizar os sonhos.  

Criada e escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, com direção artística de Amora Mautner, a próxima novela das seis da TV Globo é ambientada em São Paulo, no final da década de 1940. A trama parte do desfecho de ‘Êta Mundo Bom!’, exibida em 2016, e traz novos desafios a personagens já conhecidos do público. Ao mesmo tempo, ganha outros nomes no elenco, núcleos diferentes e histórias inéditas, que prometem emocionar e divertir, sempre com a mensagem de otimismo que conquistou os brasileiros. 

‘Êta Mundo Melhor!’ tem como fio condutor a saga de Candinho (Sergio Guizé), que vive na capital paulista, na mansão da mãe, Anastácia (Eliane Giardini, em ‘Êta Mundo Bom’), a quem procurou durante toda a novela anterior. Apesar da riqueza que o cerca, ele enfrentará uma nova busca, em torno da qual a trama vai girar: a procura pelo filho perdido, Junior/Samir (Davi Malizia). A criança é mais uma vítima das crueldades do vilão Ernesto (Eriberto Leão), que ressurge e mostra suas garras em novos planos ardilosos. Assim como ele, os fãs vão rever outras figuras que marcaram a trama anterior: Celso (Rainer Cadete), Sandra (Flávia Alessandra), Maria (Bianca Bin), Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi), Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura), entre outros. E novos personagens chegam para movimentar a história, como Estela (Larissa Manoela), Zulma (Heloísa Périsse), Zenaide (Evelyn Castro), Margarida (Nivea Maria) e Lúcio (Tony Tornado).   

Com a maior parte da trama se desenrolando na capital, novos núcleos de personagens se apresentam. A rádio ganha importância, onde vai se desenrolar a trajetória de Dita (Jeniffer Nascimento) rumo ao sucesso como cantora. E novos locais fictícios são ponto de encontro ou local de passagem para diversos personagens, como o hospital, onde vai trabalhar Estela (Larissa Manoela), a pensão, administrada por Margarida (Nivea Maria), e o dancing, lugar onde, na época, os homens pagavam para dançar com mulheres. Outra marca da trama deve ser o orfanato Casa dos Anjos, onde o filho de Candinho vai parar. O local é administrado pela vilã Zulma (Heloísa Périsse) e sua funcionária Zenaide (Evelyn Castro), com um elenco de mais de 10 crianças. 

Responsável pelo sucesso de ‘Êta Mundo Bom!’, Walcyr Carrasco destaca a força da trama, que ficou na memória dos brasileiros e tem potencial para muitos desdobramentos. “A novela vem com uma história totalmente nova, apesar de ter os mesmos personagens e o mesmo tom caipira do Candinho. Tem novidades, como a entrada do núcleo infantil, no orfanato, onde está escondido e perdido o filho de Candinho, além de outros personagens. Novela tem como característica ser um produto do momento, mas, às vezes, temos histórias que se perpetuam, e essa é uma delas”, declara o autor. Para Walcyr, que criou Candinho inspirado em clássicos como o conto de Voltaire ‘Cândido ou o Otimismo’, o filme ‘Candinho’ (1954), estrelado por Mazzaropi, e o universo de Charles Dickens, autor de ‘Oliver Twist’, a magia está na potência desse personagem: “O Candinho é um ícone. Que tem a ver com a minha infância no Interior, com o humor caipira. Nunca me distanciei tanto dele, mas é sempre uma alegria muito grande escrever de novo. A força do Candinho nos trouxe até aqui”. 

Mauro Wilson, que assina a novela junto de Walcyr, complementa que a bondade de Candinho inspira a mensagem principal da novela: “A história mostra que vale a pena lutar pelos seus sonhos, pelo que você acredita, e ser uma pessoa boa, acima de tudo. A novela tem esse clima de carinho e cuidado com os outros, que vem do Candinho”. 

Parceira de Walcyr em outras produções de sucesso, Amora Mautner adianta que, mesmo com a maior parte dos personagens na capital, a essência caipira se mantém: “A novela é uma continuação, trazendo a memória afetiva que as pessoas têm com esses personagens. ‘Êta Mundo Melhor!’ não existe sem o Candinho e o Policarpo. A dupla é a cara dessa história. A maior parte dos personagens agora estará em São Paulo, mas o tom leve, ingênuo, do humor com afeto, seguirá presente”.  

Com estreia em 30 de junho, ‘Êta Mundo Melhor!’ é criada e escrita por Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, com colaboração de Letícia Mey, Cleissa Regina Martins, Bruno Segadilha e Rodrigo Salomão. A novela tem direção artística de Amora Mautner, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Mayara Aguiar, Nathalia Ribas e Alexandre Macedo. A produção é de Betina Paulon e Isabel Ribeiro, a produção executiva de Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. 

O ponto de partida da trama 
Candinho desfruta da riqueza da mãe, Anastácia (Eliane Giardini, em ‘Êta Mundo Bom’), vivendo uma vida confortável em São Paulo, em uma mansão, ao lado de seu fiel companheiro Policarpo, com a esposa Filomena (Débora Nascimento em ‘Êta Mundo Bom’!) e o filho Junior (Davi Malizia). Tudo muda quando, em uma madrugada, sua paz é novamente abalada por mais uma das crueldades do vilão Ernesto (Eriberto Leão).    

Dado como morto ao final de ‘Êta Mundo Bom’, ele volta para mostrar que sobreviveu ao acidente da reta final de ‘Êta Mundo Bom’ disposto a novos atos de pura maldade. Desta vez, a ideia seria levar o bebê de Candinho para poder fazer chantagem e ganhar uma boa quantia pelo menino. Ernesto seduz Filomena, que decide abandonar o marido e fugir com ele. Enquanto Filomena o espera em uma casa na estrada, o vilão vai até a mansão buscar o bebê. Candinho chega a flagrar a ação, mas, com seus capangas, o rival consegue colocar a criança no carro e partir. Ao ir ao encontro de Filomena, Ernesto descobre que a casa em que ela estava pegou fogo, e a jovem não sobreviveu.  Na esperança de recuperar o filho, Candinho ainda tenta perseguir o vilão, mas é tarde demais. Ernesto escapa novamente, deixando a criança em um sítio no caminho, com um casal de roceiros. E, assim, tem início uma jornada de desencontros entre pai e filho: sem condições de criar o bebê, os camponeses o entregam à cigana Carmem (Cristiane Amorim), que, por sua vez, o leva até um orfanato, aos cuidados da vilã Zulma (Heloísa Périsse). 

Ao receber a criança na instituição, Zulma o batiza de Samir. O menino ganha uma nova identidade, mas ainda carrega sua marca de nascença, que lembra as asas de um anjo e será a pista perseguida por Candinho em sua busca, cheia de percalços.  
Para agravar a situação, ao saber do desaparecimento do neto pelo atrapalhado detetive Sabiá (Fábio de Luca), contratado para ajudar na procura pelo bebê, a mãe de Candinho não resiste e morre no hospital. Viúvo, enganado por Filomena, e órfão, Candinho terá na procura pelo filho a motivação para seguir em frente.  

Dita e Candinho em São Paulo 
O testamento de Anastácia deixa todas as suas posses para Candinho, o que decepciona seus primos Celso (Rainer Cadete) e Sandra (Flávia Alessandra), ainda presa pelos crimes cometidos em ‘Êta Mundo Bom!’.  

Logo nos primeiros capítulos, Celso esbarra em Zulma pedindo dinheiro com o bebê de Candinho pelas ruas e o identifica pela mancha em suas pernas. Influenciado por Sandra, a quem costuma visitar na cadeia, ele começa a pagar para que Zulma mantenha o garoto escondido, longe de Candinho. Sem o bebê, os dois irmãos seriam os herdeiros da fortuna, bastaria dar um jeito para que algo acontecesse com o protagonista, nos planos da vilã.  Enquanto isso, Celso influencia Candinho a vender a fábrica de sabonetes herdada da mãe e a comprar uma fábrica de biscoitos, para ganhar dinheiro por fora com a transação. Não só a dupla de primos, mas outros personagens gananciosos se aproximarão de Candinho com todo tipo de golpe, de olho em sua fortuna, muitas vezes usando o sumiço de Junior/Samir para jogar com a inocência de Candinho.  

Ao lado do amigo e confidente Policarpo, Candinho segue firme, repetindo sua máxima “Tudo de ruim que acontece na vida é pra meiorá!”, e, de fato, nem tudo é decepção na nova fase dessa história. Enviado por Pancrácio (Marco Nanini em ‘Êta Mundo Bom’), que foi morar na Grécia, um novo amigo surge para apoiar Candinho: o professor Asdrúbal (Luis Miranda), que chega para cuidar da escola de Pancrácio e passa a viver na mansão. Ele vai usar de diversos truques e disfarces para ajudar Candinho na busca pelo filho. Outro amigo especial aparece para encher a mansão de alegria: é Picolé (Isaac Amendoim), sobrinho de Pirulito (JP Rufino em ‘Êta Mundo Bom’), que aparece na mansão com uma carta do tio, considerado um irmão por Candinho por ter sido filho adotivo de Anastácia e Pancrácio. Pirulito conta, na correspondência, que precisou estudar no Interior e pede a Candinho que abrigue Picolé, o que o é aceito prontamente. O garoto, aos poucos, se torna mais um grande aliado do protagonista.  

Quem também surge de surpresa na mansão é Dita (Jeniffer Nascimento), nora de Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura), os pais de Filomena e donos do sítio onde Candinho foi criado. Com a notícia da morte de Filó, que chega por um telegrama ao sítio, ela se dispõe a ir até a capital buscar informações. No trajeto, é furtada e chega à cidade sem dinheiro e sem o endereço de Candinho. Acaba sendo acolhida por Margarida (Nivea Maria) em sua pensão, e, por uma série de circunstâncias, vai parar na casa de Candinho em busca de trabalho. Esse reencontro, ao mesmo tempo em que provoca novos sentimentos em Candinho, vai significar uma nova fase na vida de Dita.

Cansada da falta de iniciativa e das safadezas do marido, Quincas (Miguel Rômulo), que mal participa da criação do filho dos dois, Joaquim (Tom Zé), ela vislumbra uma mudança definitiva diante das possibilidades da cidade grande. Com seu talento para cantar, acaba vencendo um concurso de calouros que a introduz no mundo da rádio, onde um futuro promissor se apresenta. A personagem, na opinião dos autores Walcyr Carrasco e Mauro Wilson, é uma das que mais cresce entre uma novela e outra, e sua trajetória vai carregar uma mensagem potente de empoderamento feminino. “A novela, apesar de ser de época, aborda de forma contemporânea algumas temáticas. A jornada da Dita, por exemplo, mostra os desafios de ser uma mulher desquitada em uma sociedade marcada pelo machismo. Ela decide ir com o filho e a tia para a capital e vai batalhar pelo sonho de ser uma grande cantora na rádio”, comenta Mauro Wilson.  

E Dita vai precisar lutar para provar diariamente o seu talento. Mesmo se destacando com sua voz, ela sofre por não ter o espaço que merece no trabalho. Lúcio (Tony Tornado), dono da Rádio Paraíso, será um grande apoiador em sua carreira, além de Margarida (Nivea Maria) e Tales (Duio Botta), funcionário da rádio e morador da pensão. 
 
Um bebê e muitas reviravoltas 

Enquanto Candinho busca seu filho e tenta recomeçar diante de tantas perdas, os vilões seguem armando para abocanhar seu dinheiro, de olho no paradeiro de seu filho. Ernesto (Eriberto Leão) se esconde no dancing após a tentativa de fuga e abandono de Junior/Samir (Davi Malizia). O local volta com mais sofisticação, shows e liderado por Tamires (Monique Alfradique). E, assim como fez com a esposa de Candinho, Ernesto seduz Tamires para ganhar sua confiança. Mesmo diante da generosidade da moça, ele continua a se encontrar com Sandra (Flávia Alessandra). Em uma das visitas à golpista na prisão, descobre a armação de Celso (Rainer Cadete) com o filho de Candinho, e fica interessado em reencontrar o menino para usá-lo contra o pai. Assim, se aproxima de Zulma (Heloisa Périssé), sua prima e dona do orfanato. 

Celso, por sua vez, segue pagando quantias a Zulma para que mantenha a criança longe de Candinho, e mal imagina o quanto isso contribui para uma tragédia em sua família. Sua mulher, Maria (Bianca Bin), desconfiada das idas do marido ao dancing, vai até o local à procura dele, e acaba reconhecendo a marca de nascença de Samir no colo da pedinte Zulma (Heloisa Périssé). Ao tentar confrontar e correr atrás da vilã, Maria se envolve em um acidente fatal, sem tempo de contar a ninguém sobre a sua descoberta. 

A chegada de Estela  
A estudante de enfermagem Estela (Larissa Manoela) é a pessoa com quem Maria fala pela última vez no hospital. Em seu leito de morte, Maria pede que Estela entregue um camafeu com uma foto da família ao marido. Comovida, a jovem vai fazer de tudo para cumprir o combinado com a paciente, e o encontro com Celso promete mudar sua vida, que é cheia de mistérios.   

Estela vive com a avó Aurora (Lu Grimaldi) e se dedica a cuidar de sua irmã Anabela (Isabelly Carvalho). Ela perdeu os pais e luta contra acontecimentos de seu passado enquanto batalha para se tornar uma enfermeira, seu grande sonho.  

A Casa dos Anjos de Zulma: o paradeiro de Junior/Samir 
Estela também vai dar aulas na ‘Casa dos Anjos’, abrigo chefiado pela vilã  Zulma (Heloisa Périssé), a quem a cigana Carmem (Cristiane Amorim) entrega o filho de Candinho. Lá também vive Zenaide (Evelyn Castro), sua funcionária. Submissa à patroa, Zenaide presencia Zulma falar e fazer absurdos, como obrigar as crianças a costurar, bordar e encadernar os “livros do coração”, um dos trambiques que a vilã costuma praticar. Com a desculpa de rezar na igreja por pessoas que morreram, Zulma descobre com o padre detalhes sobre as famílias que perderam entes queridos e as aborda para vender os livros, que seriam uma última recordação da pessoa que partiu. 

Além disso, costuma usar as crianças para pedir esmolas na rua. Ao fazer isso com Junior/Samir (Davi Malizia) percebe que o garoto desperta o interesse de figuras como Celso e Ernesto, vê que tem muito a ganhar com a criança e vai buscar conhecer seu pai. Será mais uma gananciosa no caminho de Candinho. 

O Sítio Dom Pedro II recebe novos integrantes 
Mas, quando se trata de tirar proveito da fortuna alheia, Cunegundes (Elizabeth Savala) também mostra suas garras. Com a mudança de Dita (Jeniffer Nascimento) e Manoela (Duh Moraes) para São Paulo, ela e Quinzinho (Ary Fontoura) vão passar por maus bocados sem ajuda no sítio. A chegada surpresa de Medeia (Betty Gofman), irmã de Quinzinho, após ter sido deixada pelo marido, vai aumentar a raiva da dona “Boca de Fogo”, como Cunegundes costuma ser chamada em função da sua braveza.  

O Sítio Dom Pedro II agora é de Candinho (Sergio Guizé), mas Cunegundes segue tentando meios de ganhar algum dinheiro, e o resultado é sempre um acúmulo de dívidas e a decadência do local. Com a morte de Filomena, a matriarca entende que pode ter alguma chance de ganhar uma herança da filha, e parte com a família para São Paulo com a desculpa de ajudar Candinho na busca pelo filho. Enquanto isso, Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi) descobre que foi abandonado por Mafalda (Camila Queiroz em ‘Êta Mundo Bom!’) e acredita que não conseguirá mais viver um grande amor. Até que surge Maria Divina (Castorine) em sua vida e o faz repensar sua própria história. A jovem aproveita a ida de Manoela para São Paulo com Dita e se dispõe a trabalhar para a “Boca de Fogo” com o intuito de ficar mais perto do amado e, quem sabe, conquistar de vez seu coração. 

Produção de arte ganha recursos de IA e traz universo lúdico 
Um dos personagens centrais da trama, o burro Policarpo, vai ser ajudado pela Inteligência Artificial em algumas cenas. A tecnologia permitirá que o animal transmita emoções e ações realistas, enriquecendo a narrativa. Além disso, a IA será usada para recriar São Paulo das décadas de 40 e 50, transformando imagens estáticas da época em cenas de vídeo dinâmicas, com movimentos de câmera e elementos como pessoas e veículos em deslocamento. Isso permitirá uma imersão única no passado, com elementos reais e fictícios se misturando de forma fluida. 

A IA também será utilizada para animar outros animais ao longo da trama, trazendo ganhos de tempo e eficiência em relação a métodos tradicionais de produção e pós-produção, além de potencializar a criatividade e o talento da equipe para criar resultados ainda mais impactantes. 

Para o orfanato, Luiz Pereira, que assina a produção de arte da novela, pôde brincar bastante com a criatividade ao longo das pesquisas feitas para compor o cenário. “A capa do ‘Livro do Coração’ que Zulma vende é feita pelas crianças, com tecidos de roupas que eles recebem de doação. Veremos as crianças cortando, pintando. Também teremos no grupo uma criança inventora, como se fosse Hugo Cabret. Então ele faz alguns brinquedos, cria objetos que fazem as sombras nas paredes. Estou criando situações para as crianças, a construção desse universo, trazendo todas as referências importantes do que era da época. Minha pesquisa vai de artistas daquele tempo a revistas que compramos em feiras de antiguidade, no Rio e em São Paulo, além de itens na internet e outros que produzimos exclusivamente para a novela, como a bicicleta de madeira feita por um artesão e um teatrinho”.  

Uma curiosidade que também chama a atenção do público é a comida da novela. Para montar aquelas mesas fartas diante dos personagens, a produção de arte fez uma pesquisa fiel à época. “A comida paulista é muito parecida com a mineira, tem galinhada, muita coisa com milho, porco, carnes. Antigamente não tinha muita geladeira, guardava-se tudo em banha e fazia-se muitos ensopados. Na casa do Candinho, fazemos um pouco mais sofisticado porque ele tem uma funcionária, então tem uma comida um pouco mais rica. Na Cunegundes (Elizabeth Savala), vou botar sempre sopa, uma canja, um ensopado. Na pensão terá arroz, um cuscuz e um frango para o almoço, e à noite sopa, tipo um minestrone ou uma canja”.  

No decorrer da trama, a fábrica de sabonetes sai de cena e entra uma fábrica de biscoitos. E o serviço para compor a arte dos produtos do estabelecimento, como as embalagens, foi encomendado à equipe de design dos Estúdios Globo, assim como as formas do biscoito. “Fizemos várias caixas com todo um estudo, pois na época não tinha foto nas embalagens, era uma pintura, uma ilustração. O resultado ficou lindo”.  

Cenografia tem Cuba e fotógrafo holandês como algumas referências  
A cenógrafa Cris Bisaglia é a responsável por levar para as telas os ambientes que remetem às décadas de 40 e 50, época retratada em 'Êta Mundo Melhor’. Uma de suas referências foi o fotógrafo holandês Erwin Olaf. “O destaque dos seus trabalhos é a composição de cores, e a gente quis partir de uma novela que tivesse um colorido que não fosse saturado, onde o destaque ficasse com o elenco e o figurino. O cenário ajuda a compor, mas o importante são as pessoas. Temos um conceito mais naturalista, e as imagens dele traduzem isso”, destaca Cris.  

Já as novidades nos cenários dos personagens estão nos detalhes criados para pontuar as mudanças na vida de cada um. Candinho (Sergio Guizé) agora tem sua própria casa e até Policarpo ganha um estábulo chique, mas a essência deles continua a mesma. “A casa onde Candinho vive foi um presente da mãe, uma pessoa rica. Quem decorou o local foi ela, por isso algumas estranhezas estarão presentes na decoração. Vai ter um sofá luxuoso e uma cadeira de balanço mais simples, uma cadeira de palha no meio da mesa que você não entende como foi parar ali. Algumas coisas fora do contexto vão ajudar a justificar ele estar numa casa tão rica”, conta Cris. 

Uma novidade na novela é o orfanato, um casarão que teve Cuba como a principal referência, com seu charme e suas casas coloridas. “Transformamos o abrigo em algo decadente sem ser triste, com um papel de parede diferente, um colorido, profundidade, camadas diferentes para trazer alegria e graça. Temos um quarto compartilhado por todas as crianças, com beliche, colchão, cama baixa, para poder comportar essa bagunça e correria das crianças brincando, um cenário bem divertido. Não queríamos que, pelo fato de Zulma (Heloisa Périssé) não ter dinheiro, o orfanato fosse triste. É um casarão antigo sem muito recurso, mas tem uma vida e crianças brincando ali”, explica a cenógrafa.  

Alguns núcleos se mantiveram nessa novela, mas com algumas diferenças. O sítio de Cunegundes, por exemplo, termina em ‘Êta Mundo Bom!’ com a casa nova, reformada, e agora já apresenta uma pintura mais gasta e decadente por causa da passagem de tempo de seis anos na ficção e das novas dívidas acumuladas pelos proprietários. Já o dancing tem cores mais escuras, com uma nova direção, que tornou o espaço mais glamourizado. Já a Rádio Paraizo vai ser muito maior do que a da novela anterior, pois, com a chegada da Dita (Jeniffer Nascimento), o público vai ver show de calouros, com auditório, além da apresentação e da gravação da radionovela da trama.  

O cenário da casa de Estela (Larissa Manoela), por sua vez, traz um pouco de arquitetura vitoriana e itens ainda mais antigos do que a época que a história retrata. “Estela mora na casa da avó, então vai ter muito crochê, acúmulo de objetos, coisas um pouco mais velhas do que a época por serem herança de família, como móveis antigos que garimpamos em antiquários ou produzimos nos Estúdios Globo”, conta Cris.  

Moda circular e sustentável dos brechós ajuda a compor o visual dos personagens 
Feiras de pontos do Rio de Janeiro como a Praça XV e a Glória, além de brechós foram alguns dos locais em que a equipe de figurino da novela, liderada por Flávia Costa, encontrou roupas e acessórios para os personagens da trama. “É muita produção de rua, de brechó e de acervo que a gente vai montando para dar uma essência à obra. Algumas roupas a gente pediu para uma especialista fazer, outras coisas a gente tenta reutilizar, pois a quantidade de brechó que temos é significativa. Além de sustentável, é uma moda circular maravilhosa que enriquece o nosso figurino”, conta a figurinista. 


Além disso, Flávia destaca a memória afetiva das peças escolhidas para determinados personagens. “Quando eu coloco uma saia plissada, um brinco da época, é comum o elenco lembrar da mãe ou da avó. E muita coisa é feita pelas nossas equipes, que bordam, complementam com adereços e fazem um trabalho de envelhecimento das peças de acordo com a necessidade da trama”, detalha Flávia.  
 
Candinho (Sergio Guizé) agora é herdeiro, mas tem uma mudança muito sutil na forma de se vestir. Mesmo com dinheiro, ele continua com a estética “meio desajeitada”, característica do personagem. Toda a cor dele é crua, com um pouco de amarelo, que destaca a pureza e a referência em Mazzaropi. “Terão momentos, por exemplo, que o personagem vai colocar uma jaqueta. Mas quem ganha mais acessórios é o amigo Policarpo. Candinho fez um investimento no burro, que vai ter chapéu, gravata, touquinha de dormir e mantinhas”, adianta Flávia. 
Além de Policarpo, outro amigo de Candinho se destaca no figurino: o Asdrúbal (Luis Miranda). “Diferente dos personagens que circulam na casa, ele é bem alinhado, mistura cores, estampas, e colete de listra com gravata de cashmere. É um personagem divertido, que vai usar disfarces de mágico, de noiva, dançarina e até grávida como truques para ajudar Candinho a obter informações do filho”, revela Flávia. 

Enquanto Asdrúbal se transforma para apoiar Candinho em sua busca, Zulma (Heloisa Périssé) também terá disfarces para aplicar seus golpes, mas mantém a personalidade no estilo. A vilã vai usar preto, mas também muita cor uva, com acessórios que serão sua marca, como um chapéu que é uma referência a Mary Poppins. Já o apito e um cordão são inspirados em feiticeiras. 

Dita (Jeniffer Nascimento), protagonista da história, passa por uma transformação, e suas roupas ajudam a contar essa trajetória. “No início da história, quando está no sítio, ela se apresenta com peças estampadas, sem salto. Em São Paulo, vem a necessidade de um salto alto, por exemplo. Depois, começa a se vestir com mais glamour, ao se firmar como uma diva da rádio. Tudo de acordo com a leveza da personagem”, explica a figurinista. A personagem tem mudanças no cabelo também, ao longo da trama, e passa a usar mais maquiagem, conforme ascende na carreira de cantora.  

Já Estela (Larissa Manoela) carrega um mistério, e, ao longo da novela, também apresenta uma mudança na forma de se vestir. “Com o avançar da história, o figurino dela ganha cor. O tempo passa, ela acaba vivendo um momento de luto. Tudo isso dá uma força à personagem, que ganha bossa. Aparecem misturas, como saia xadrez com um casaco vermelho, e detalhes, como renda nas blusas”, especifica a figurinista.   

ENTREVISTA COM A DIRETORA ARTÍSTICA AMORA MAUTNER 
Amora Mautner iniciou a carreira na TV Globo em 1995 como assistente de direção de ‘Malhação’. Depois vieram ‘Salsa e Merengue’ (1996), ‘Anjo Mau’ (1997), ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’ (1998), ‘Labirinto’ (1998) e ‘Andando nas Nuvens’ (1999). A partir daí, assumiu o posto de diretora nas obras ‘O Cravo e a Rosa’ (2000), ‘Um Anjo Caiu do Céu’ (2001), ‘Desejos de Mulher’ (2002), ‘Agora É Que São Elas’ (2003), ‘Celebridade’ (2003), ‘Mad Maria’ (2005), ‘JK’ (2006), ‘Paraíso Tropical’ (2007) e ‘Três Irmãs’ (2008). ‘Cama de Gato’ (2009) marca a sua estreia na direção geral de novelas. Depois disso, vieram ‘Cordel Encantado’ (2011), ‘Avenida Brasil’ (2012) e ‘Joia Rara’ (2013), que conquistou o 42º Emmy Internacional, em 2014. A diretora também esteve à frente das séries ‘As Cariocas’ (2010), ‘Eu Que Amo Tanto’ (2014) e ‘Assédio’ (2018). 'A Regra do Jogo’ (2015) foi o primeiro trabalho como diretora artística. Em 2019, assinou a direção artística de ‘A Dona do Pedaço’, e em 2021 de ‘Verdades Secretas 2’, duas obras escritas por Walcyr Carrasco. Em 2023, dirigiu ‘Elas por Elas’, e, agora, repete a parceria com Walcyr Carrasco na novela ‘Êta Mundo Melhor!’, assinada por ele e por Mauro Wilson. 

Como você define a trama de ‘Êta Mundo Melhor’? Que história essa novela vai contar?   
É uma nova história, a partir de ‘Êta Mundo Bom!’. Ela já tem um DNA, uma atmosfera, um universo conhecido. E essa história vale a pena ser contada porque é uma saga do Candinho (Sergio Guizé), um personagem genial, que nos dá a possibilidade de muitas novelas. Agora, ele está procurando o filho que foi sequestrado e esse é o ponto de partida da trama, como se fosse uma nova fase na vida dele. Estou muito feliz, porque temos personagens incríveis, e a novela vem com um tom de humor que não se desliga da emoção. 
Quais são os desafios da direção de uma novela que é continuação de uma obra anterior de sucesso, com um diretor que tinha uma marca muito própria à frente (Jorge Fernando)? Buscou referência em ‘Êta Mundo Bom!’? 
O que tem nessa novela da anterior são alguns personagens e atores, e um tom que não podia ficar diferente do tom que foi construído lá atrás. O humor dessa novela é uma renda, tem uma sutileza. Herdei alguns personagens prontos. E já trabalhei com a maioria desses atores muitos deles, já admirava, então foi um presentão. Dei muita sorte, foi uma herança que ganhei do nosso grande Jorge Fernando, um diretor maravilhoso. Eu tinha muito carinho por ele. Com relação à linguagem, é diferente. Vamos dizer que a dessa novela será menos de câmera e mais de teatro.  

Como é a relação com Walcyr Carrasco, com quem está repetindo a parceria de sucesso? E com o Mauro Wilson?  
Eu e Walcyr trabalhamos muito bem juntos, a gente troca muito, temos uma parceria de muita sorte. Realmente, nossa relação é muito iluminada, a gente se ama e se ajuda. Sobre o Mauro, estou apaixonada por ele, e a parceria está sensacional. Não é fácil você pegar uma história do Walcyr e seguir com ela, e o Mauro está fazendo isso com excelência. Essa relação de diretor com autor é uma parceria muito intensa, porque é o dia inteiro muito junto. Você passa um ano e meio com a pessoa trocando tudo. 

Você já tinha trabalhado com o Sergio Guizé em ‘A Dona do Pedaço’ em um personagem totalmente diferente do Candinho. Qual a principal característica do ator que torna possível ele ser tão versátil em suas atuações? 
Ele é um gênio, é coisa rara mesmo, ele realmente vai de A a Z. Eu fico de boca aberta com esse personagem, porque é um show o que ele faz. Para mim, é uma mistura do Mazzaropi com o próprio livro do Voltaire, e com “O Idiota”, do Dostoievsky. Walcyr juntou tudo e fez essa obra-prima, o Candinho.  

O que você pode destacar como ponto forte no trabalho de direção artística da novela?” 
Direção de atores. Essa novela é mais parecida com teatro do que com cinema. Falo isso para o time de diretores que estão comigo. O maior prazer e o maior desafio é fazer mise-en-scène, é um teatro, é humor. A gente precisa se esforçar e estudar marcas, como marcar o elenco, como ficar orgânica a cena, de verdade, como realmente reafirmar que esses personagens, por mais originais que sejam, eles existem. Eles nos emocionam e nos fazem rir. A meta da direção é conseguir credibilizar esse universo inteiro. 

Desta vez, boa parte da trama se passa em São Paulo. O que você destaca como diferencial no trabalho da equipe para retratar São Paulo de época nessa história? 
A novela retrata uma época em que São Paulo cresceu muito. Do ponto de vista histórico, essa década foi justamente quando São Paulo vai virar a grande cidade do país. Isso já é, por si, um grande diferencial: a gente poder mostrar na novela essa São Paulo que começa a crescer tanto, pra onde tanta gente vem, uma São Paulo vertical, os prédios começando a crescer. A gente está muito feliz de poder retratar essa época. Fizemos uma pesquisa com imagens históricas, e estamos usando tecnologia para animá-las e inseri-las nas cenas, em conjunto com o que construímos na nossa cidade cenográfica nos Estúdios Globo. 
 
ENTREVISTA COM O AUTOR WALCYR CARRASCO 
Colecionador de sucessos e ganhador de um Emmy Internacional, Walcyr Carrasco iniciou a carreira profissional como jornalista e trabalhou nas redações de grandes jornais e revistas. Aos 28 anos, publicou seu primeiro livro, “Quando Meu Irmãozinho Nasceu”. Depois, escreveu “Vida de Droga”, “Em Busca de Um Sonho”, “Anjo de Quatro Patas”, “Juntos para Sempre”, e, hoje, tem mais de 60 títulos escritos. Como dramaturgo, assinou peças de sucesso como “Batom” (1995) e “Êxtase” (1997), pela qual recebeu o prêmio Shell de melhor autor. Em 2008, Walcyr ingressou na Academia Paulista de Letras e, em 2010, ganhou o prêmio da União Brasileira dos Escritores pela tradução e adaptação de “A Megera Domada”, de Shakespeare. Em 2017, recebeu o Prêmio Jabuti pela tradução e adaptação de “Romeu e Julieta”. Para a TV, começou a escrever no final da década de 1980. Na Globo, já soma 16 produções que marcaram época, como ‘O Cravo e a Rosa’ (2000), dirigida por Walter Avancini, com quem repetiu a parceria em ‘A Padroeira’ (2001). As novelas ‘Chocolate com Pimenta’ (2003), ‘Alma Gêmea’ (2005), e ‘Êta Mundo Bom!’ (2016), dirigidas por Jorge Fernando, consagraram o autor no horário das seis. A estreia na faixa das sete foi com a comédia romântica ‘Sete Pecados’ (2007). Depois, escreveu ‘Caras & Bocas’ (2009) e ‘Morde e Assopra’ (2011). A primeira novela das nove foi ‘Amor à Vida’ (2013), grande sucesso de crítica e público. Para a faixa das onze, Walcyr escreveu ‘Gabriela’ (2012) e ‘Verdades Secretas’ (2015), que conquistou o Emmy Internacional, além do Troféu APCA e do Prêmio Extra de Televisão como Melhor Novela. Voltou ao horário das nove com ‘O Outro Lado do Paraíso’ (2018), ‘A Dona do Pedaço’ (2019) e fez ‘Verdades Secretas 2’ (2021), exibida no Globoplay e, na TV Globo, em outubro de 2022. Agora, assina ‘Êta Mundo Melhor!’ com o autor Mauro Wilson, e repete a parceria com a diretora artística Amora Mautner. 

Como surgiu a ideia de escrever ‘Êta Mundo Melhor’? 
‘Êta Mundo Bom!’ foi uma novela que me tocou muito, pelo sucesso, pelos personagens, pelo universo caipira e pelas mensagens positivas. A trama girava em torno da busca de Candinho (Sergio Guizé) pela mãe. Agora, em ‘Êta Mundo Melhor’, ele procura pelo filho Junior/ Samir (Davi Malizia). ‘Êta Mundo Melhor!’ vem com uma história totalmente nova, apesar de ter os mesmos personagens e o mesmo tom caipira. Tem novidades com a entrada do núcleo infantil, no orfanato, onde está escondido e perdido o filho de Candinho, além de outros personagens. A novela não é exatamente uma continuação de ‘Êta Mundo Bom’. É uma nova história, que se espelha na anterior. É uma novela de amor, de coração, de emoção.
 
Você cita como referências para a ideia original o conto do Voltaire 'Cândido ou o Otimismo' e o filme 'Candinho' estrelado por Mazzaropi. Teve alguma outra referência para esta continuação? 
O universo de Charles Dickens, que escreveu Oliver Twist, também foi uma referência para essa novela. 

E como define essa parceria de sucesso com o Sergio Guizé? Que características você vê no ator para interpretar os personagens que escreve? 
Sergio Guizé é um grande ator, com um leque enorme de possibilidades. A versatilidade e a qualidade de atuação dele me encantam.  

O burro Policarpo fez sucesso na primeira novela e ganha destaque ainda maior nessa. Quais os principais desafios ao desenvolver cenas que contam com um animal como personagem? 
Eu adoro animais, e tê-los em cena é um privilégio, ainda mais sabendo que eles são tratados com muito amor, carinho e respeito durante nas gravações. 

Quais as principais virtudes de Candinho que mais representam a mensagem de otimismo da novela? 
Basta lembrar a frase "Tudo o que acontece de ruim na vida da gente, é pra meiorá". O Candinho é um personagem que puxa, que deu muito certo. Acho que tem muito para dizer, muito para você sentir, e muito para encantar.
 
Fale um pouco sobre a Dita (Jenifer Nascimento), personagem que cresce nesta continuação, com uma trajetória de empoderamento feminino.  
A personagem é uma homenagem às cantoras que foram rainhas do Rádio. E eu admiro muito a Jeniffer Nascimento, que interpretará a Dita. É uma das personagens que mais cresce entre uma novela e outra. Pensei nessa trajetória para a Dita quando vi o enorme talento da Jeniffer para cantar, a voz linda que ela tem.  

De onde veio a ideia de inserir um orfanato na trama?  
Surge de onde vem todas as minhas ideias, da minha intuição. Cada criança ali terá sua personalidade, sua identidade. 

Fale um pouco sobre como está sendo repetir a parceria com a Amora Mautner.  
Amora é uma grande parceira, que entende perfeitamente o texto e as emoções da novela, e grava com criatividade. 

O que o público pode esperar? 
Muito romance e beleza de sentimentos. A história tem tudo para ser muito bonita. Temos personagens de humor, de amor. Temos muito para acontecer. 

ENTREVISTA COM O AUTOR MAURO WILSON 
Carioca, Mauro Wilson carrega a experiência de escrever para os mais variados gêneros na TV. Criou programas infantis como a novela ‘Caça Talentos’ (1996) e foi redator final da ‘TV Colosso’ (1993) e do ‘Gente Inocente’ (2000). Participou da criação do ‘Vídeo Show’ (1985) e do ‘Domingão do Faustão’ (1989). Na comédia, foi redator final do clássico ‘Os Trapalhões’, ainda com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Passou por ‘Planeta & Casseta Urgente’ (1992), ‘Sai de Baixo’ (1996), ‘Megatom’ (2000) e ‘A Grande Família’ (2001). Foi colaborador de novelas como ‘O Beijo do Vampiro’ (2002) e ‘Pé na Jaca’ (2006) e se destacou assinando seriados como ‘Sexo Frágil’ (2003), ‘Guerra & Paz’ (2008), ‘Os Amadores’ (2005) – duas vezes indicado ao Emmy de melhor comédia, ‘Aline’ (2008) e ‘A Mulher Invisível’ (2011), vencedora do Emmy de melhor comédia. Com Jorge Furtado, foi redator final do seriado ‘Doce de Mãe’ (2014), vencedor do Emmy de melhor comédia em 2015. No cinema, assinou sete filmes de ‘Os Trapalhões’, além de ‘Zoando na TV’ (1999), ‘Apolônio Brasil’ (2003), e ‘Os Caras de Pau – O Filme’ (2013).  Também criador e supervisor de oficinas e workshops de roteiro da Globo e integrou a equipe de supervisores da Casa de Criação, onde criou o seriado ‘A Fórmula’ (2017), com Marcelo Saback, e a série policial ‘Cidade Proibida’ (2017), com Mauricio Farias. Foi supervisor de texto da série ‘Ilha de Ferro’ (2018), original Globoplay. E trabalhou no remake de ‘Os Trapalhões’ (2017) com Péricles Barros, no Canal Viva.  ‘Quanto Mais Vida, Melhor!’, que estreou em 2021, foi a sua primeira novela como autor titular. E agora, assina ‘Êta Mundo Melhor’ com Walcyr Carrasco. 
  
Que história a novela conta? 
A espinha dorsal da novela é um pai procurando o filho, e ele acredita que vai encontrar o menino. A gente logo vai entender que também existe um filho que está procurando um pai, e é por esse encontro que o público vai torcer. É uma novela sobre procura. Todos os personagens estão atrás de alguma coisa, mesmo que seja só um sonho.  

Que mensagem você quer levar para o público com essa novela? 
A de que vale a pena lutar pelos seus sonhos, pelo que você acredita e ser uma pessoa boa, acima de tudo. A novela tem esse clima de carinho e cuidado com os outros, que vem do Candinho. É uma novela muito carinhosa, muito amigável, do bem, extremamente otimista, positiva. Vai ter várias histórias de superação e conquista. Um destaque é a personagem Dita (Jeniffer Nascimento), que vai partir de um ponto e chegar a outro bem diferente entre uma novela e outra. 
 
Como está sendo a parceria com Walcyr Carrasco? Como é escrever uma novela criada inicialmente por ele? 
Durante alguns meses, trabalhamos todas as tardes juntos, fazendo capítulos, pensando na novela. Para dar continuidade ao texto, penso assim: “o Walcyr faria desse jeito?”. Existe uma sinopse, então tento manter o que a gente acertou e vou para as etapas do que foi combinado, seguindo o estilo do Walcyr ao fazer novela. Ele tem um carinho muito grande pelo Candinho, e falou para mim: “Mauro, o Candinho sempre será bom. Em qualquer situação, ele é bom, esse comportamento tem que manter nele”. E eu faço isso. 

Fale um pouco sobre Dita (Jeniffer Nascimento) e Candinho (Sergio Guizé). O que o público pode esperar do novo casal? 
Eles são nosso casal principal, e a Dita (Jeniffer Nascimento) é uma grande virada na trama. A personagem vai evoluir, vai mudar durante a novela, se empoderar e tomar cada vez mais decisões com o desenrolar da história. Tanto ela quanto Candinho vieram do Interior, mas, enquanto o Candinho não muda, a Dita vai mudar muito. Eles vivem um romance quase infantil, como se tivessem se conhecido na adolescência. Há um carinho e um cuidado entre os dois. São personagens que emocionalmente tímidos, então, a relação dos dois é muito sobre detalhes.

O que explica o sucesso do personagem Candinho na sua opinião? 
O Candinho é o amigo que todos nós gostaríamos de ter na vida. É aquela pessoa que você gosta de ter do teu lado, nos seus piores momentos, sempre quer conversar com ele. Um personagem extremamente positivo - a bondade é sua maior característica. Mesmo sofrendo tudo o que ele sofre, como a perda do filho sequestrado, ele continua achando que vai encontrar, não duvida nunca.
 
 O núcleo da rádio cresce em importância nesta novela, que novidades podemos esperar? 
Nessa novela, a rádio é muito mais presente do que na outra, muito ligada à trajetória da Dita (Jeniffer Nascimento). Temos cenário e novos personagens nesse núcleo. Na outra novela, a radionovela que da trama só aparecia em off, e, nesta, teremos cenas dentro da novela.
  
Fale um pouco sobre o núcleo do orfanato, uma novidade desta continuação. 
Acontece uma coisa muito legal com as crianças desse núcleo. Elas funcionam em grupo, são como uma família. São crianças que cresceram na rua, então elas têm uma personalidade formada cedo e entendem a ideia de que, juntas, ganham força. Há um amor muito grande entre elas. Eu acho que isso é muito forte. 

O que o público pode esperar de ‘Êta Mundo Melhor’? 
Pode esperar uma novela muito afável, uma história carinhosa e vilões meio engraçados, apesar dos momentos de drama. 

PERFIL DOS PERSONAGENS 

SÃO PAULO / MANSÃO DE CANDINHO 

Candinho (Sergio Guizé) – Candinho continua o mesmo homem ingênuo, simples, caipira, cheio de positividade e amor pela vida. Não mudou com o dinheiro herdado da mãe. Sente uma amizade real pelo burro Policarpo, seu confidente. Sofre com o desaparecimento do filho Junior (Davi Malizia), após a morte de Filomena (Débora Nascimento em ‘Êta Mundo Bom’). Apesar dos desencontros, perdas e angústia, continua acreditando que “Tudo de ruim que acontece na vida é pra meiorá!”. Ao se reencontrar com Dita (Jeniffer Nascimento) em São Paulo, se encanta por ela.  

Junior/Samir (Davi Malizia) – É o filho perdido de Candinho, sequestrado por Ernesto (Eriberto Leão) no início da trama. Tem uma marca de nascença na perna que lembra asas de anjo. É esperto, inteligente e divertido como o pai. Tem o mesmo coração bom de Candinho, assim como o jeito de ver a vida sempre de uma maneira positiva. Vai parar no orfanato de Zulma (Heloisa Périssé).  
 
Dita (Jeniffer Nascimento) – Sobrinha de Manoela (Dhu Moraes), é casada com Quincas (Miguel Rômulo) e mãe de Joaquim (Tom Zé). Parte para São Paulo atrás de informações quando um telegrama anunciando a morte de Filó (Débora Nascimento em ‘Êta Mundo Bom’) causa alvoroço no sítio de Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura). Cansada da falta de iniciativa e das safadezas do marido, Quincas (Miguel Rômulo), vê no seu talento para cantar a chance de se manter na cidade grande, onde vai trilhar um caminho rumo ao sucesso na era de ouro das rainhas do rádio. Na capital, é acolhida por Margarida (Nivea Maria), a dona da pensão onde se hospeda, e por Candinho (Sergio Guizé), com quem vai redescobrir o amor após a separação de Quincas.   

Manoela (Dhu Moraes) – Antiga funcionária do sítio de Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura), se cansa da vida de exploração e das constantes humilhações e parte com a sobrinha Dita (Jeniffer Nascimento) para São Paulo. Fica amiga de Margarida (Nivea Maria), a dona da pensão onde vai viver. Manoela vai querer ser a protetora de Dita, muitas vezes atrapalhando o romance dela com Candinho. E vai descobrir uma nova vida ao aprender a ler.  

Asdrúbal (Luis Miranda) – Professor, amigo de Pancrácio (Marco Nanini em ‘Êta Mundo Bom’), mentor de Candinho (Sergio Guizé), que partiu para a Grécia. Designado por Pancrácio para tomar conta de sua escola, Asdrúbal vai morar na mansão de Candinho. Assim como Pancrácio fazia na trama anterior para ajudar Candinho em sua busca pela mãe, Asdrúbal tem a ideia de usar diferentes disfarces para conseguir informações sobre o filho desaparecido do novo amigo, o que o coloca em várias confusões. Paquerador, joga charme para Margarida (Nivea Maria), Medéia (Betty Gofman) e Tamires (Monique Alfradique) ao mesmo tempo, o que vai lhe render muita dor de cabeça. Vira aliado de Candinho, protegendo-o de golpes.  

Celso (Rainer Cadete) – Irmão de Sandra (Flávia Alessandra), marido de Maria (Bianca Bin) e primo de Candinho (Sergio Guizé). Fica frustrado porque a herança de sua tia Anastácia (Eliane Giardini em ‘Êta Mundo Bom’) ficou toda para Candinho, e vai viver armando golpes por ganância. Por sorte, encontra o filho perdido de Candinho com Zulma (Heloisa Périssé), mas só divide a informação com Sandra, com quem confabula para tirarem proveito da situação. Em paralelo, influencia Candinho a vender a fábrica de sabonetes e a comprar uma fábrica de biscoitos, também para ganhar dinheiro com a transação. O destino o colocará no caminho da enfermeira Estela (Larissa Manoela).  

Maria (Bianca Bin) – Mulher de Celso (Rainer Cadete), é grata por ele ter assumido o filho que esperava do noivo que faleceu. É suave, romântica e justa. Um acontecimento inesperado muda a história da família. 

Estela (Larissa Manoela) – Estudante de enfermagem com um passado misterioso. Depois que o pai morreu de desgosto quando a mãe saiu de casa e nunca mais apareceu, vive com a avó Aurora (Lu Grimaldi) e com a irmã Anabela (Isabelly Carvalho), a quem dedica sua vida. Sente uma conexão instantânea com Celso (Rainer Cadete) em um momento delicado da vida do moço. Também vai ser professora dos órfãos da Casa dos Anjos da vilã Zulma (Heloisa Périssé) e virar a melhor amiga de Dita (Jeniffer Nascimento).  

Anabella (Isabelly Carvalho) - Irmã de Estela (Larissa Manoela) e neta de Autora (Lu Grimaldi). Sofre de uma doença nos ouvidos. É inteligente e carinhosa.  

Aurora(Lu Grimaldi) – Avó de Estela (Larissa Manoela) e Anabela (Isabelly Carvalho). 

Ernesto (Eriberto Leão) – Vilão que foge da polícia em função dos crimes que cometeu em ‘Êta Mundo Bom’. Dado como morto no final da trama anterior, ele retorna para uma nova leva de maldades. Sequestra o filho de Candinho (Sergio Guizé) quando uma tentativa de ir embora com Filomena (Débora Nascimento em ‘Êta Mundo Bom’) acaba na morte da amante em um incêndio. Na fuga, deixa o menino com um casal de roceiros, que acaba entregando a criança à cigana Carmem (Cristiane Amorim). Essa, por fim, leva o bebê para o orfanato de Zulma (Heloisa Périssé). Ernesto tenta, de todas as maneiras, se dar bem às custas da criança. Se envolve com Tamires (Monique Alfradique) e segue comparsa de Sandra (Flávia Alessandra), por quem é apaixonado. Uma virada surpreendente do destino vai mudar a sua vida.  

Sandra (Flávia Alessandra) – Irmã de Celso (Rainer Cadete). Presa pelos crimes que cometeu no passado, aguarda ansiosa por sua liberdade condicional. Ela não se conforma pelo fato de Candinho (Sergio Guizé) estar com toda a fortuna e planeja armar contra o primo e contra o filho dele assim que sair da cadeia.  

Burro Policarpo – Animal de estimação e grande companheiro de Candinho (Sergio Guizé), a quem o protagonista faz suas confissões mais íntimas.  Sempre reage como quem entende a situação, ajudando-o a agir na hora. Mostra grande sabedoria: é o único que realmente reconhece o filho de Candinho e tenta mostrar quem são os vilões, cuja maldade sinaliza com zurros e coices. Ele também vai se tornar a estrela dos biscoitos da fábrica de Candinho. Os biscoitos Policarpo – que são bons pra burro!  

Picolé (Isaac Amendoim) - Sobrinho de Pirulito (JP Rufino em ‘Êta Mundo Bom’), que vai embora pra estudar. Vai morar na casa de Candinho (Sergio Guizé). É um dos seus confidentes. Divertido, fofoqueiro e comilão.  

Sabiá (Fábio de Luca) - Detetive contratado para encontrar o filho de Candinho (Sergio Guizé). É esperto, mas também confuso. Vai se apaixonar por Zenaide (Evelyn Castro). Adora quindins.  

SÍTIO DOM PEDRO II 
Cunegundes (Elizabeth Savala) – Dona do sítio onde Candinho (Sergio Guizé) foi criado. Mulher brava, destemida, desaforada e autoritária. Não à toa tem o apelido de “Boca de Fogo”. Mulher de Quinzinho (Ary Fontoura), em quem manda e desmanda. Mãe de Filó (Débora Nascimento em ‘Êta Mundo Bom’) e Quincas (Miguel Rômulo), patroa de Manoela (Dhu Moraes) e Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi). Ao saber da morte da filha e do desaparecimento do neto, decide ir com a família para São Paulo com a desculpa de ajudar Candinho na busca pelo menino, para tentar tirar vantagem da boa situação financeira de Candinho. Cunegundes volta de São Paulo para o Sítio e vai fazer de tudo para finalmente ficar rica.   

Quinzinho (Ary Fontoura) – Dono do sítio onde Candinho (Sergio Guizé) foi criado. Orgulha-se do fato de seu bisavô ter sido conselheiro do imperador Dom Pedro II, que dormiu uma noite na fazenda. Herdou a propriedade, que foi sendo vendida aos poucos – atualmente, só resta a casa decadente em um pequeno pedaço de terra, que não foi perdida graças à ajuda de Candinho. Marido de Cunegundes (Elizabeth Savala), sempre submisso à mulher, por quem é apaixonado. Pai de Filó (Débora Nascimento em ‘Êta Mundo Bom’) e Quincas (Miguel Rômulo), patrão de Manoela (Dhu Moraes) e Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi). 

Medéia (Betty Gofman) – Irmã de Quinzinho (Ary Fontoura), que surge para morar no sítio depois de ser misteriosamente abandonada pelo marido. Esperta e sem papas na língua, inferniza a vida de Cunegundes (Elizabeth Savala) e não se cala diante dos desaforos da cunhada. Quando todos vão para São Paulo, conhece o professor Asdrúbal (Luis Miranda), por quem vai se interessar.  
Quincas (Miguel Rômulo) – Casado com Dita (Jeniffer Nascimento), pai de Joaquim (Tom Zé), filho de Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura). É um boa vida que não quer saber de trabalhar. Sua mãe tem esperanças de que ele fisgue uma noiva rica, mas ele acaba se envolvendo com Sônia (Paula Burlamaqui), após se separar de Dita.  

Joaquim (Tom Zé) – Filho de Dita (Jeniffer Nascimento) e Quincas (Miguel Rômulo). Vai estudar com as crianças da Casa dos Anjos quando se mudam para São Paulo. Adora o burro Policarpo.  

Maria Divina (Castorine) – Assume o lugar de Manoela (Dhu Moraes) quando ela vai para São Paulo. Assim como a antecessora, é explorada por Quinzinho (Ary Fontoura) e Cunegundes (Elizabeth Savala). Permanece no sítio porque se apaixona por Zé dos Porcos (Anderson Di 
Rizzi).  

Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi) – Antigo funcionário do sítio, é abandonado por Mafalda (Camila Queiroz em ‘Êta Mundo Bom’). Desiludido, resolve nunca mais se apaixonar até conhecer Maria Divina (Castorine).  

ORFANATO 
Zulma (Heloísa Périssé) – Vilã com toques de humor. Dona do abrigo onde o filho de Candinho (Sergio Guizé), Samir (Davi Malizia), vai parar. Obriga as crianças a costurarem, bordarem e encadernarem os livros que ela vende. Briga e atormenta as crianças, mas sempre de maneira engraçada. É enganada pelas crianças o tempo todo. Vai querer conquistar Candinho (Sergio Guizé) de olho na herança dele. 

Zenaide (Evelyn Castro) – Funcionária e aliada de Zulma (Heloisa Périssé), vive uma relação de amor e ódio com a “patroinha”. Debochada e dona de um grande senso de humor, Zenaide vive alfinetando a vilã.  

Jasmim (Dandara Arcebispo) – Melhor amiga de Samir (Davi Malizia), o ajuda em tudo. É cheia de alegria e esperteza.  

Aladin (Vicente Alvite) – Um dos meninos mais espertos do abrigo, é um dos poucos que confrontam Zulma (Heloisa Périssé). Vai gostar de Anabella (Isabelly Carvalho), irmã de Estela (Larissa Manoela). Também é o único que sabe ler.  

Simba (Arthur Yera) – Um pouco maldoso, é o tormento da vida das crianças do abrigo. Sempre apronta e exige o dinheiro de suas vendas. Quer ser rico e vai infernizar a vida das outras crianças.  

Denguinho (Maya Dias) - É a caçula do orfanato Casa dos Anjos. Muito esperta.  
Felícia (Marina Cypriano) - Ela é esperta e é uma das melhores amigas de Samir (Davi Malizia).   
 
A PENSÃO 
Margarida (Nivea Maria) – É a dona nova dona da pensão que foi de Camélia (Ana Lucia Torre em ‘Êta Mundo Bom!’). Antiga estrela do teatro de revista, Margarida leva uma vida recatada e dedica-se integralmente aos seus hóspedes. Com seu charme e beleza, vai despertar o interesse de Asdrúbal (Luis Miranda) e de Lúcio (Tony Tornado), dono da rádio, com quem viveu um amor no passado.  

Sônia (Paula Burlamaqui) – Mulher bonita e independente, sofre preconceito por ser desquitada. Vai se envolver com Quincas (Miguel Rômulo), que não resiste aos seus encantos, mas reluta em assumir um relacionamento, e, posteriormente, com o doutor Lauro (Marcelo Argenta).  

Haydée (Kênia Bárbara) - Dona da boutique. Mulher bonita e moderna. Tem um mistério em sua vida.  

A RÁDIO 
Lúcio (Tony Tornado) – Dono da Rádio Paraíso, foi apaixonado por Margarida (Nivea Maria), com quem teve uma história no passado. Os dois se reencontram e ele sonha em reatar o romance. Guarda segredos do passado.  

Tales (Duio Botta) – Funcionário da rádio, aliado de Lúcio (Tony Tornado), é um homem simples e bem-intencionado que vai ajudar Dita (Jeniffer Nascimento) a arranjar seu primeiro emprego.  

Olímpia (Rosane Gofman) – Estrela das radionovelas, se sente ameaçada com a chegada de Dita (Jeniffer Nascimento) e a trata muito mal na pensão. Dona de uma autoestima elevadíssima, a atriz acredita que todos os homens devem cair aos seus pés. Por inveja, vai infernizar a vida de Dita.

Paulo (Bruno de Melo) - Ator da rádio.  

Beth Lucia (Cecília Berarba) - Atriz da rádio.  

O DANCING 
Tamires (Monique Alfradique) – Gerente do Dancing, assumiu o negócio no lugar de Clarice (Marianna Armelinni em ‘Êta Mundo Bom!’), sua prima. Não tem o menor talento para os negócios e está sempre colocando o Dancing em risco. Bonita e sedutora, é apaixonada por Ernesto (Eriberto Leão), mas não compactua com suas vilanias. No entanto, apronta das suas.  

Francine (Luciana Fernandes) – Dançarina, é uma espécie de aliada de Tamires (Monique Alfradique) e vive reclamando da maneira como Tamires gerencia o negócio. Quer arranjar um marido rico.  

Mirtes (Mariana Bridi) – Jovem de boa família, foi parar no Dancing depois da ruína financeira dos pais. Se apaixona por Ernesto (Eriberto Leão) e vira sua aliada.  

Vermelho (Gabriel Canella) – Antigo bartender do Dancing, trabalha também na portaria.  

OUTROS PERSONAGENS 
Araújo (Flávio Tolezani) – Advogado, sempre auxiliou na fábrica de sabonetes. É contra os golpes de Celso (Rainer Cadete), mas acaba entrando em um esquema de venda da fábrica com ele para continuar pagando o tratamento de Claudinho, seu filho, no Exterior.  

Olga (Maria Carol) – Esposa de Araújo (Flávio Tolezani), incentiva o marido a desviar dinheiro da fábrica por pura ambição.  

Quitéria (Kênia Costta) – Funcionária da casa de Celso (Rainer Cadete), vai trabalhar na mansão de Candinho (Sergio Guizé).  

Lauro (Marcelo Argenta) – Médico, atende a todos os personagens. Para que não comentem o fato de não ter namoradas, faz um acordo com Sônia (Paula Burlamaqui) para que finjam estar juntos. Trabalha no mesmo hospital onde Estela (Larissa Manoela) atua.  

Tobias (Cleiton Morais) – Alfaiate, é próximo de Lauro (Marcelo Argenta).  

Carmem (Cristiane Amorim) – Cigana. Vai viver com Zulma (Heloisa Périssé) e virar sua parceira em golpes.  

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